"Meus olhos viraram pintores, e com isso esboçaram a beleza de tuas formas nas telas do meu coração". William Shakespeare
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
EXPOSIÇÃO DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO!
Fotos de algumas das telas do Pintor J. Santos que estiveram em exposição no Shopping Boulevard na cidade de Campina Grande em homenagem ao centenário de nascimento do inesquecível artista em agosto de 1906.
Hiram Ribeiro dos Santos
RETRATO DO IMPERADOR D. PEDRO II!
Retrato do Imperador D. Pedro II, óleo sobre tela do pintor J. Santos. Esta tela se encontra na residência de José Raimundo dos Santos Jr., filho primogênito do genial artista. O mestre da arte na pintura, no desenho e na arquitetura, tinha no traço o perfil marcante do seu belo e característico trabalho. Não tinha o hábito de perder um trabalho, seja no lápis, bico de pena ou pincel. O traço era definitivo.
Hiram Ribeiro dos Santos
sábado, 14 de setembro de 2013
BICOS DE PENA!
PALAVRAS DE UM FILHO
"Ele nasceu mestre para o desenho, a pintura, a arquitetura. Além de ser autodidata, era um intelectual por excelência. Escrevia e compunha poesia. Tinha Deus consigo e dizia que tudo que fazia era uma dádiva do Senhor".
Hiram Ribeiro dos Santos
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
BIOGRAFIA DE UM ARTISTA!
O PINTOR JOSÉ SANTOS
Por Hiram Ribeiro dos Santos
José Raimundo dos Santos, filho de Raimundo José dos Santos e de Maria da Felicidade Santos do Monte, nasceu no dia 18 de agosto do ano de 1906, na cidade de Icó, região sul do estado do Ceará.
Tornou-se um autodidata, verdadeiro intelectual. Dominava com profundidade geografia universal, literatura portuguesa e brasileira, história geral, fundamentos matemáticos e até cálculos estruturais. Conhecia toda a civilização hebraica, era dotado de educação refinada, um gentleman no cumprimento interpessoal, estudou filosofia e na Grande e Augusta Loja Maçônica tinha o pseudônimo de Farias Brito.
Pintor, desenhista, caricaturista e arquiteto. Era exímio na pintura (óleo, creon, guache, aquarela), desenho e bico de pena. Tinha um grande domínio na arquitetura clássica tendo projetado e edificado o Palacete da Loja Maçônica Regeneração Campinense, localizado na Rua Vidal de Negreiros, centro de Campina Grande, no estado da Paraíba.
Antes de alcançar a mocidade deixou sua terra natal e foi iniciar sua vida profissional em Fortaleza, capital do seu estado. Manteve contatos com artífices da pintura e do desenho. Viajou pelo Brasil. Passou pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Esteve a trabalho nos Teatros José de Alencar em Fortaleza, Amazonas em Manaus e Alberto Maranhão em Natal. Cenógrafo da Companhia de Óperas e Operetas do famoso tenor Vicente Celestino e da cantora e atriz Gilda de Abreu, encenando a bela e recordista peça 'O Ébrio'. Mas o que ele mais gostava e nutria verdadeira paixão era pela pintura sacra, requisitada em todo o mundo, notabilizada nas capelas, igrejas e catedrais. Foi assim que veio parar na Paraíba, lá pelos idos de 1934, quando foi contratado pela Igreja Católica da cidade de Esperança, para fazer afrescos na sua catedral.
Lá conheceu a jovem Odília Ribeiro de Luna com quem contraiu núpcias em 1936. Decidiu voltar para Icó, tendo adquirido um cinema , misto com teatro, local. Sua jovem esposa não se deu bem na terra do marido. Desistiu da iniciativa.
Logo retornaram à Paraíba e fixaram residência
Em 1964, quando da inauguração do novo Palacete Maçônico, recebeu o título de Cidadão Campinense, outorgado pela Câmara Municipal da cidade. Na oportunidade o engenheiro italiano Giovanni Gioia, enalteceu para toda a imprensa local as qualidades técnicas e artísticas do artista cearense, quando destacou a modernidade no teto do templo maçônico todo feito em concreto sem colunas de sustentação. No prédio demolido o teto (modelo do firmamento) era confeccionado de madeira.
Dedicou sua vida à arte, à família, à maçonaria e aos desassistidos de toda sorte. Foi arquiteto da Loja Maçônica e diretor do Hospital Pedro I. Atendia a todos que lhe procuravam e o fazia com toda atenção e desprendimento, encaminhando-os para o cadinho da solução de cada problema.
Com problemas cardíacos que o perseguiram por anos, o Mestre J. Santos, como era conhecido, faleceu no dia 18 de março de 1973. Seu corpo foi velado no Palacete da Loja Maçônica, sua segunda casa, e sepultado no túmulo da Maçonaria, no cemitério do Monte Santo, que fora desenhado e construído pelo mais humilde, simples, educado, caridoso, amigo e artista que Campina Grande conviveu e a Paraíba conheceu.
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