VIDA DE ARTISTA - A Grande Valsa!

" Künstlerleben " The Great Waltz de Joahann Strauss II - 1867. Era a valsa preferida por José Raimundo dos Santos, o famoso e inesquecível Mestre Santos, artista e intelectual. Desenhava e pintava com sensibilidade poética. Seus trabalhos eram sonhos no olhar de um leigo; uma obra genial no dizer dos críticos. Amava a música e tinha nas valsas de Strauss uma paixão imorredoura. Conto dos Bosques de Viena, Virá um Tempo, Eu estou no amor com Viena, Vozes da Primavera , O Morcego, Marcha Revolucionária, Du Und Du ( Only You ) , Rosas do Sul, Danubio Azul, No Belo Danubio Azul, Valsa do Tesouro, Valsa do Imperador, entre tantos trabalhos inesquecíveis do imortal Strauss.

Vida de Artista, valsa ópus 316, escrita por Johann Strauss II em 1867, publicada logo após o sucesso de " No Belo Danúbio Azul ", sua ópus 314. A valsa começou a ser escrita no outono de 1866. O próprio público vienense a escolheu para ser música do Carnaval de Viena em 1867. Ela foi proclamada como nova irmã da " Danúbio Azul " e sua popularidade foi então crescendo no repertório clássico. O artista José Santos, como era chamado, tinha uma vasta erudição ao ponto de não só conhecer toda a obra de Johann Strauss ( pai ) como a dos filhos Johann Strauss II e Joseph Strauss. Conhecia todos os instrumentos e dizia a finalidade de cada um e sua importância.

Joahnn Strauss II demonstrou sua inabalável inspiração já com o solo harmonioso de Trompas em Fá Maior e Lá menor que iniciava a introdução da valsa. Logo é interceptado por uma iniciação de Oboés introduzidos ao refrão da valsa, com respostas de Clarinetas, com uma tréplica melancólica no Violoncello ainda em Lá menor e Mi maior. Logo após, madeiras avisam o

término da introdução fazendo um trecho em Lá Maior e a orquestra com toda sua pompa e percussão dá inicio à principal melodia da valsa, em Dó Maior.

Como grande parte das valsas de Johann Strauss II, " Vida de Artista " também apresenta um encerramento triunfante, de rítmo rápido, com fortes acordes e uma vibrante percussão dando sustentação à música, embora seja um encerramento curto.

Ao presenciar na tela a Orquestra de André Rieu interpretar " Vida de Artista " , trago na minha memória o traço marcante da personalidade artística do imortal José Santos. Indelével na retina de todos os seus familiares, amigos e admiradores.

Uma modesta homenagem ao nosso querido e honrado pai, neste final de 2011.

Hiram Ribeiro dos Santos

DEPOIMENTO DE UM NETO! (WEBSITE)

Este site é uma homenagem de todos nós familiares a este que foi um grande homem em todos os aspectos da vida. Estamos disponíveis em 8 idiomas.

José Raimundo foi um homem simples, porém sério, honesto e trabalhador!

Meu avô foi um homem que eu deveria ter conhecido. Infelizmente nasci três anos após sua partida, mas seu exemplo de vida e sua capacidade de superação me inspiram a viver a vida com mais entusiasmo.

38 anos após a sua morte, senti desejo de fazer este site no mês de seu nascimento (18/08) para tornar conhecido algumas de suas particularidades e intimidades. Colocarei aqui depoimentos de filhos e netos, além de relatos e imagens de suas obras.

A saudade ainda é do tamanho do universo, eis a razão de não nos calarmos.

Seja um visitante assíduo deste site e divulguem-no, pois estarei fazendo atualizações periódicas.

Um beijo no coração de todos.

Nele,

Pastor Hiram Filho

Neto de José Raimundo dos Santos

CÂMARA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE-PB REALIZA SESSÃO PARA COMEMORAR CENTENÁRIO DO ARTISTA PLÁSTICO JOSÉ SANTOS!

A Câmara Municipal de Campina Grande promoveu no último dia 18 agosto de 2006, às 10 horas, sessão especial para comemorar o centenário do artista plástico cearense José Raimundo Santos, que adotou Campina como domicilio desde 1935 até 1973, quando faleceu. A homenagem atendeu a uma propositura do vereador João Dantas e contou com a participação dos familiares do homenageado, artistas e políticos.

José Raimundo dos Santos é natural de Icó, no Ceará, nasceu no dia 18 de agosto de 1906. Depois de ter trabalhado em diversas cidades brasileiras, chegou a Campina Grande-PB, onde se casou com Odila Ribeiro e constituiu família. Teve 12 filhos. Participou ativamente no desenvolvimento artístico-cultural de Campina Grande, recebeu título de cidadão campinense no ano do centenário da cidade, o que o tornou bastante orgulhoso, pois nunca escondeu  o quanto amava esta cidade, segundo  depoimentos dos seus familiares.

Segundo o vereador João Dantas, o artista fez inúmeras exposições durante o tempo que viveu nesta cidade e divulgou o nome de Campina Grande por onde passou, expondo seus trabalhos em varias cidades brasileiras. Deixou espalhados pelo país telas e trabalhos valiosos. Em Campina Grande foi o arquiteto da Loja Maçônica “Regeneração Campinense”, tendo sido condecorado com a Medalha de honra ao mérito, em 1948.

Como pintor retratou personagens ilustres e tinha como característica as figuras familiares e expressivas. Trabalhava sempre a óleo, nanquim, guache e grafite.

José Raimundo dos Santos foi um homem simples, porém culto. Conhecia a filosofia dos grandes pensadores e, como todo artista, morreu apenas na companhia dos familiares e amigos mais íntimos.